A enxaqueca é conhecida como um dos tipos de cefaleia que mais causam incomodo. Conforme dados publicados na SBCP – Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, estima-se que o problema atinja 12% da população mundial, principalmente entre os 30 e 40 anos de idade, sobretudo mulheres.

A medicina tem buscado alternativas que sejam eficazes para tratar os pacientes que sofram deste tipo de cefaleia, sendo uma das possibilidades a cirurgia plástica para enxaqueca – um procedimento que promete ajudar pacientes que não conseguem melhorias com o uso de medicamentos e outros tratamentos clínicos.

Mas será que este tipo de procedimento realmente funciona? Confira na nossa postagem de hoje se a cirurgia plástica que melhora enxaqueca é mito ou verdade.

O que é enxaqueca?

Antes de entendermos o procedimento, é importante alertar que a enxaqueca não é um tipo de dor de cabeça que dura algumas horas. Ela é um tipo específico de cefaleia que consiste em uma forte dor pulsátil que atinge, geralmente, um dos lados da cabeça, mas que pode acometer os dois. Pode durar entre algumas horas até vários dias. Vários fatores podem iniciar as crises de enxaqueca, como ingestão de álcool e certos tipos de alimentos, consumo de cigarros, além de situações de estresse e cansaço. Frequentemente, a enxaqueca vem precedida de sintomas visuais ou sensitivos (enxergar pontos de luz, formigamentos). Pode haver fatores genéticos de hereditariedade relacionados ao surgimento da enxaqueca.

Além da dor pulsante, os sintomas podem vir acompanhados de náuseas, vômitos, forte cansaço físico e hipersensibilidade à luz e ao som, podendo prejudicar a vida profissional e pessoal do paciente.

Como funciona a cirurgia plástica para enxaqueca?

Nem sempre o tratamento realizado com medicamentos é eficaz, e foi buscando resolver este problema que o cirurgião plástico Dr. Bahman Guyuron desenvolveu a cirurgia plástica para enxaqueca, nos Estados Unidos, no início dos anos 2000.

Trata-se de um procedimento considerado pouco invasivo que secciona pequenos músculos da região frontal e occipital (as partes da frente e de trás da cabeça), através de pequenas incisões (em torno de 1,5 cm) no couro cabeludo ou próximas a ele, a fim de descomprimir ou cortar os nervos que geram as crises de enxaqueca no paciente. Em casos nos quais os nervos responsáveis pela enxaqueca ficam na região nasal, a cirurgia pode ser feita por incisões dentro do nariz.

A cirurgia deve ser feita por um cirurgião plástico especializado nesta área, em ambiente hospitalar. Dependendo do caso, pode ser realizada com anestesia local. O procedimento pode durar entre uma a duas horas, e o paciente pode receber alta no mesmo dia.

Afinal, é um procedimento eficaz?

Mas será que o procedimento é eficaz para as crises de enxaqueca? Sim. Há diversos estudos que comprovam que a cirurgia plástica para enxaqueca pode eliminar completamente os seus temíveis sintomas.

Em um estudo realizado pelo Dr. Guyuron (o criador da cirurgia), 57,1% dos pacientes operados mantiveram eliminação completa dos sintomas de enxaqueca após um ano da cirurgia, e a grande maioria dos pacientes (mais de 90%) relataram diminuição do número e intensidade das crises, o que demonstra a eficácia do procedimento.

A cirurgia plástica para enxaqueca é objeto de estudo entre diversos cirurgiões plásticos de regiões diferentes. No Brasil, o estudo do procedimento e seus benefícios têm sido pesquisados pela Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP, desde 2016.

É importante ressaltar que este tipo de cirurgia plástica não é para todos, sendo indicada para pacientes que buscaram alternativas clínicas para curar a enxaqueca e não apresentaram resultados satisfatórios. Também é muito importante que o paciente que sofre de enxaqueca seja avaliado adequadamente por um especialista, a fim de ser corretamente diagnosticado e tratado, tanto da parte clínica quanto da parte cirúrgica, se for o caso.

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Fontes: SBCP 1/ SBCP 2/ Minha Vida

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